Investigação

Cabo acusado de liderar grupo de extermínio pode ser expulso da PM

Corregedoria abriu processo interno para analisar conduta o caso

PM é investigado no homícidio do miliciano Marquinho Catiri
PM é investigado no homícidio do miliciano Marquinho Catiri |  Foto: Reprodução

A Corregedoria da Polícia Militar anunciou, nesta quarta-feira (30), uma iniciativa interna visando à possível expulsão do cabo Rafael do Nascimento Dutra, conhecido como ''Sem Alma''. O agente, atualmente foragido, é apontado como o líder de um grupo de assassinos de aluguel.

As autoridades estão investigando o envolvimento de ''Sem Alma'' no homicídio do miliciano Marquinho Catiri, que ocorreu durante um tiroteio em Del Castilho, Zona Norte do Rio, em novembro do ano passado. Além disso, estão sendo averiguadas possíveis ligações do foragido com outros quatro assassinatos.

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O apelido ''Sem Alma'' foi atribuído devido à sua brutalidade no comando do grupo chamado de novo "Escritório do Crime". Embora tenha alegado problemas de saúde para se licenciar da PM, ''Sem Alma' 'pode ser considerado desertor se não for localizado. Ele estava lotado no 15º BPM (Duque de Caxias).

Outra possível expulsão 

Além de 'Sem Alma', Anselmo Dionísio, conhecido como 'Peixinho', também enfrenta a possibilidade de expulsão da Polícia Militar. Atualmente, 'Peixinho' encontra-se detido preventivamente devido a acusações de fraude processual.

Segundo as informações divulgadas pelo Ministério Público, o policial teria interferido nas investigações do assassinato de Marcos Falcon, presidente da escola de samba Portela, que ocorreu em setembro de 2016. O crime teve lugar na sede de sua campanha para vereador.

De acordo com as alegações, ''Peixinho'' teria confiscado um celular pertencente à vítima e deliberadamente danificado o dispositivo, tornando inviável a realização de uma perícia adequada no aparelho. A prisão de 'Peixinho' ocorreu em julho deste ano.

As implicações dessa acusação também estão sendo avaliadas pela Corregedoria, o que poderá levar à sua expulsão da instituição policial.

A Polícia Militar, em nota, informou que o processo foi aberto pela SEPM para analisar a conduta dos agentes e ressaltou, ainda, que "a corporação não compactua com quaisquer desvios ou crimes cometidos por policiais militares". 

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